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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pensamentos clandestinos na primeira noite de Dezembro

Dez horas da noite. Relativamente cedo, contando que eu não vou ao colégio amanhã. Mas meus olhos ardem e meu corpo pede um bom descanso. Deito e me cubro com o fino edredom. Meus olhos se fecham, mas a mente continua aberta, passando como um filme os sentimentos e detalhes do dia que acabei de viver.
Revejo a professora Vera entrando na sala e o Danilo chorando na aula.
Ouço novamente o professor André dizer indiretamente que estará conosco ano que vem e sinto o cheiro de nostalgia que mergulhou até a Atlântida quando tiramos nossos cartazes da parede.
Contagio-me com a alegria do professor Murilo e me arrependo das conversas nas aulas do professor Douglas.
Depois do almoço, dentes escovados, aula de História. Professora na sala, a verdade chega até minha cabeça: esta é a última aula que teremos com a professora Vera.
Abraços, lágrimas, saudades, aula cancelada. Tudo passa por minha cabeça. Tudo passou pela cabeça de todos. Acho que percebemos que o ano acabou. E que importa que nos veremos ano que vem? Não vamos estar juntos e vou sentir a falta de todos.
Talvez seja por causa desse sentimento que comecei a chorar. Viro de lado. As lembranças voltam, agora com mais força.
Lembro da conversas com a Jenifer, do estranho conselho do Daniel. Da Amanda dividindo as lágrimas comigo e do Roberto me dizendo o que bem lá no fundo eu também sentia. Lembro do abraço do Rodrigo e das lágrimas do Felipe.
As palmadinhas leves do Luiz em minhas costas agora estão mais altas e mais fortes, acompanhando o compasso do coração.
Reviro-me na cama novamente, tentando evitar as lágrimas de caírem dos meus olhos, sem grande sucesso. As gotas tocam os meus lábios e sinto o gosto de vitória, me lembrando do hino do Segundo ano. Segundo ano esse, que agora acabou. Foi embora como a felicidade que nosso querido Tonhão cantava; foi-se embora chorando como nossa amada Fabi. Mas foi-se embora com saudades como Décadas, que nos deixou um vasto legado. Um deles, Atlântida.
Atlântida que me mostrou que as pessoas mudam, basta darmos motivos a ela. E você, Atlântida, foi meu motivo de mudança.
Atlântida foi o motivo dos meus sorrisos, motivo das minhas lágrimas, motivo das minhas saudades.
Atlântida foi a lição mais preciosa que já aprendi. Preciosa como a pérola escondida dentro da concha no mar. Escondida no mar e longe de curiosos, Atlântida sobrevive, assim como este pensamento clandestino nesta primeira noite de Dezembro.
Aline
Allan
Amanda Khaterine
Amanda Lopes
Andrews
Bárbara
Bruno
Carolina
Daniel
Daniele
Danilo
Felipe de Moura
Felipe Marcelo
Fernanda loira
Fernandinha
Francielly
Gabrielle
Glauco
Guilherme
Jenifer
Jonatas
Jonathan
Juliana
Karina
Karine
Lívia
Lucas Alves
Lucas Marcondes
Luiz Felipe
Marcel
Mateus
Milena
Murilo
Natália
Phillipe
Roberto
Rodrigo
Thales
Valéria
Willian

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