Páginas

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Brincadeira de criança na saída da adolescência

Você é minha guia, minha fofoca, minha confiança.
Você é meu amor, meu namorado, meu gosto mais refinado.
Você sabe, não sabe, desconfia, o que eu faço se você me enche de duvidas?
Eu sonho com você, você sonha comigo. Meus sonhos não se realizam, e os seus imagino que também não. Mas como é que eu vou saber? Você não me conta como são os seus sonhos!
Aliás, você não me conta as músicas que você ouve, aquelas que você gosta, aquelas que combinam com você, aquelas que você simplesmente ouve pra pensar em mim...
Mas também, acreditando nessas esperançosas brincadeiras de crianças! Mas, deve existir alguém no planeta que sonhe comigo. Talvez eu não sonhe com ele, mas já é algum começo, não é?
Mas será que realmente existe alguém que me ame tanto assim? Alguém que me ame tanto que sonha comigo todas as noites e me vê nas músicas que ouve, nos livros que lê e nos filmes que assiste? Ou será que existe alguém que está na situação contrária? Será que existe alguém que me odeia? Alguém que não suporta olhar pro meu rosto? O que eu fiz pra essa pessoa? Foi algo que eu disse ou algo que eu fiz?
Será que devo realmente acreditar nessa brincadeira? Ou devo aceitar minha triste realidade de adolescente prestes a sair de casa?
Infelizmente já é tarde para não acreditar. Já é tarde para tirar você da minha cabeça. Já é tarde para não desconfiar dos seus olhares, seus sorrisos direcionados a mim. Já é tarde para não acreditar nas brincadeiras que você nunca fez comigo e está começando a fazer. Já é tarde para não acreditar nas suas desculpas para não me deixar sozinha no meio do caminho.
Já é tarde para você disfarçar que não estava olhando pra mim, porque eu já não consigo disfarçar.
Mas você realmente finge que não lembra que eu existo. Ou será que realmente não lembra?
Acho que já não importa. Talvez você nunca sinta nada por mim, ou nunca chegue a me dizer, embora essa seja a coisa que mais espero (depois do vestibular, claro!)
E, embora você não seja a pessoa com quem eu sempre sonhei, nada mais importa. Meu ano acaba, meu ensino médio, e você junto com ele.
E mesmo que você não seja a pessoa que eu sempre sonhei, agora você se torna essa pessoa e eu não desejo nada nesse momento além de ser a garota dos seus sonhos, porque você é o garoto daquelas brincadeiras da minha infância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário