É realmente a desfolha da mulher, a despolpa de sua beleza e de sua pessoa, o que a valsa impudica faz no meio da sala, em plena luz, aos olhos da turba ávida e curiosa.
As senhoras não gostam da valsa, senão pelo prazer de sentirem-se arrebatadas no turbilhão. Há uma delícia, uma voluptuosidade pura e inocente nessa embriaguez da velocidade. Aos volteios rápidos, a mulher sente nascer-lhe asas, e pensa que voa; rompe-se o casulo de seda, desfralda-se a borboleta. (trecho de Senhora, de José de Alencar)
Já reparou que depois de uma única valsa tdo muda? Tanto na ficção, quanto na realidade (já aconteceu com a minha amiga). Com a Aurélia de Senhora, não foi diferente. Tomara que comigo também não seja.
*-*
Está tudo acabado. Depois de três curtos anos, o ensino médio acabou. E como eu ainda não me encontro matriculada em nenhuma universidade, a partir de ontem eu estou oficialmente desempregada.
A prova concreta disso foi o meu pai dizer algumas horas atrás, que era pra gente combinar um dia da semana para ir ao poupa-tempo tirar minha carteira de trabalho.
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