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domingo, 22 de janeiro de 2012

Não só a Lua possui um lado oculto

Deve ser de grande conhecimento o caso da favelo do Pinheirinho, em São José dos Campos. Mas ainda assim, creio que nunca sabemos todas as versões possiveis da história. E aqui estou eu, uma garota que simplesmente tem medo de acreditar na primeira versão contada. E, justamente por esse medo, apresento-lhes, os vários lados da história.


Veja os dois lados:
o lado do pinheirinho
o lado da policia
que tal mais um lado?

O lado oculto (o meu):
Meio-dia de um domingo ensolarado de verão, Natália, sua mãe, seu irmão e o amigo do seu irmão vão ao shopping, sem desconfiar que às seis da manhã, mais ou menos o horário que a mãe dela acordava, a favela do Pinheirinho, em São José dos Campos havia sido invadida.
Claro que haveria consequencias. Eu só não esperava sofrer com elas.
Após assistirmos Alvin e os esquilos, felizes da vida, lá vamos nós esperar o ônibus que nos levará para casa. Uma hora de espera, sem um único ônibus passar.
Solução: fomos para um outro ponto de Ônibus, dez minutos de caminhada. Somos seguidos pelos outros "pacientes" e quando chegamos ao outro ponto, ele estava cheio de pessoas também sem saber o que estava acontecendo, para qeu os Ônibus não passassem.
Dez minutos de termos chegado, uma perua, sabe?, uma daquelas dos anos 60, aparece e uma mulher desce dela, perguntando se está passando Ônibus e muitos dizem que não. Logo, ela explica que estava desde às duas da tarde (já eram quatro horas) em um outro ponto de ônibus, esperando, sem resultados, e diz que os moradores do Pinheirinho atearam fogo em alguns ônibus e que depois disso ônibus nenhum passou. Disse que de manhã cerca de cem pessoas foram presas e que um carro da Vanguarda, uma filiada da rede Globo também foi vítima de incêncios. Além de umas três pessoas terem sido mortas.
Ligamos para o meu pai se informar e logo ele ligou, dizendo que estavam retirando os ônibus de circulação e que era por isso que não víamos ônibus algum.
Não sei se o que a mulher dizia era verdade. Sei apenas que fomos embora a pé, e meu pai nos encontrou no caminho.
Moro no centro de São José dos Campos, diga-se de passagem, e o que antes era movimentado, mesmo no domingo, estava mais para uma cidade fantasma, cheio de faixas que impediam a passagem de ônibus e carros, exceto os da polícia, que, aliás, estava rondando as ruas do centro, o nos deu um pânico de que a coisa toda era real.
Na verdade é real.
Apenas não sei em quem acreditar.
Que tal nos dois?

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