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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Desculpa por ser tão complicada?

Eu vou confessar (de novo): estou com medo que depois que eu sair de casa no domingo, eu nunca mais volte a pisar aqui do jeito que sou hoje.
Deu pra entender meu medo?
Na verdade eu até quero sair e voltar diferente. Eu sei que é um caminho sem volta, que se eu for, não vou ver mais as mesmas pedras no chão, não vou mais pisar onde pisei, esse tipo de coisa.
Mas a possibilidade (olha ela aí de novo, gente!) de voltar diferente-ruim me apavora.
Sabe?, existe tanta coisa nesse mundaréu, e um pouquinho de cada coisa se encontra em São Paulo. Coisas boas, coisas ruins, coisas boas que viram ruins e coisas ruins que viram boas.
Está complicado de entender?
Por que eu já perdi o fio da meada...
Ah, mas é um medo tão bobo! Medo de mudar, onde já se viu?
Mudar é o tipo de coisa que simplesmente acontece! E essa indecisão entre o medo e a coragem de mudar não pode acontecer. Mas também acontece... Acho que não se pode evitar...
Mas pode-se lutar contra, nadar rio acima e não mergulhar e esperar a água entrar pulmões adentro e te afogar pouco a pouco.
Porque o desespero vai ser grande, o peito irá queimar, os membros adormecer e as forças faltar. E mais e mais você quererá que o sofrimento acabe, que o afogamento chegue logo, mas não acontecerá do jeito que você quer. Nada acontece do jeito que você quer. Já reparou?
E o esquecimento não irá chegar tão cedo.
Apenas solidão.
Mas enquanto as palavras que eu digo não acontecem, enquanto a chuva não cai, lá vou eu aproveitar o dia nublado, lembrando do sol, das cores que eu gostava, viver mais uma única vez, para tentar não esquecer.
E agora, por favor, alguém diga para eu parar de escrever frases sem sentido, porque até mesmo eu já cansei de não me entender.
E se você chegou até a presente linha, peço que leia a próxima frase, que será de grande importância para mim:
Obrigada por ler...

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