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quinta-feira, 29 de março de 2012

Não sei o que dizer

Na verdade, não sei o que sentir.
Estou entre a perplexidade e a alegria extrema, a incredulidade e a falta de coragem de acreditar e admitir a verdade.
Eu sabia que eu escondia coisas que simplesmente não tinha coragem de contar para alguém. Além, é claro, aos meus amigos que estavam ao meu lado e viram tudo acontecer na minha vida. T-U-D-O. Tudo o que eu passei, vivi, deixei de viver.
Mas o que eu nunca tinha notado é que todas as pessoas escondem, não segredos, mas momentos que elas mesmas não querem lembrar.
E às vezes, na verdade, sempre, temos que nos recordar dos tais momentos e entregá-los como aprendizado à uma outra pessoa que precisa desse nosso momento de dor para saber superar a dela. E sempre também, temos que contar certos momentos, não como ensinamentos, mas como forma de esquecer.
Não sei... Dizem: o que está escrito não será esquecido. Ou algo assim... Bem, não é totalmente verdade. Claro, tudo o que você escrever e guardar vai ser lembrado para sempre, enquanto você estiver ali para ler. Mas e se você escreve como forma de colocar tudo para fora? E se a folha em branco é aquela pessoa à quem você quer contar o que te aconteceu?
Eu definitivamente não sei. Como é que se fala? Estou enchendo linguiça.
Mas sabe o que é pior? Eu sei o que eu quero escrever. Mas eu não consigo. Acontece que eu aprendi, mas espalhar o conhecimento é difícil, exige tempo, coragem e determinação.
Mas envolveria mais gente do que me é permitido (entende?) e a dor de quem contou doeu em mim. Aliás, doeu em nós três.
Mas hoje, vendo-o escrever um poema e não me mostrar (ele sempre mostra o que escreve) senti a dor em seu rosto, tentando esconder alguma lágrima imaginária (talvez tenha sido mesmo imaginária!) e mudar de assunto rapidamente.
E continuou tão atencioso! Me expressei bem, quando disse que um mês muda as pessoas! Onde eu pensei, há um mês, que eu ficaria amiga de um cara como ele?

Ah, acho que não fez sentido de novo.
O que está acontecendo comigo?

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