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domingo, 29 de julho de 2012

É preciso saber arriscar

Arriscar. Se torna um vício quando se sabe usar o verbo corretamente na prática (deu pra entender?).
Em um minuto você está num parque e no outro você está no show do Erasmo Carlos com a banda Filhos da Judith. Você chegou lá pelo convite do seu amigo (que aliás, você bem queria que não fosse só amigo), vendo pessoas se beijarem ao som das famosas músicas de motel e vocês dois lá, apenas cantando as músicas e xingando mentalmente as pessoas altas que te tiram a visão.
Logo depois, vocês arriscam na tietagem e você descobre que ele está te usando para chamar a atenção dos caras da banda (é para ficar lisonjeada?). E quando você já não aguenta mais ficar em pé, senta-se na guia da calçada e ele oferece um jantar na casa do tio (que aliás (de novo), é um papa-anjos (e só pra constar, você é um anjo)) mas você responde que já já são oito horas e você prometeu pra sua mãe que estaria voltando nesse horário.
E ele, atencioso, leva você até a porta da sua casa para que o seu pai não brigue com você por causa da hora, mas ponha a culpa nele.
E de repente você se dá conta que poderia ter arriscado mais. Mas o verbo não seria usado corretamente na prática e por mais que a vida seja feita de riscos, a amizade é um risco grande que quando dá certo  é preciso preservar e quando o risco se estende para outros campos, é preciso mais do que coragem pra se aventurar.

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