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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Torta de morango, milkshake de chocolate, açaí puro, caldo de cana com limão

Sabe, eu estou reagindo bem. Aceitei que pelo menos por enquanto eu tenho que parar de te cantar e de flertar com você e parece que você também percebeu que tem que parar com isso.
Mas as vezes eu entro em desespero. Parece que te perdi pra sempre. Como se tudo o que existe entre a gente girasse em torno disso que a gente finalizou na terça.
Acho que a gente tem que encarar que a gente nunca foi amigos comuns. Desses que apesar de contar tudo um pro outro, ainda esconde alguma coisinha, sabe? Uma coisinha pequena até, mas que não é com o outro que você quer dividir. Não, a gente nunca foi assim. A gente contava tudo mesmo.
A gente ainda conta. E é isso o que tá matando a gente desde terça a noite.
Porque quando o meu primeiro (e único, ô tristeza) namoro acabou, eu grudei na Monalisa: se dava vontade de chorar, ela me abraçava e me ninava até o choro acabar. Se dava vontade de xingar o garoto, ela estava lá, se era pra ouvir minhas mágoas e fraquezas ela ouvia e não opinava, não concordava que eu era uma idiota quando eu dizia isso e nem me dava palavras de força, porque ela sabia que não era isso o que eu queria ouvir.
Mas agora, pra tentar aplacar a dor de ter te perdido é você que eu procuro e você está me procurando pra aplacar a dor de me perder. E alguma coisa me diz que esse é outro erro. A gente está se viciando ainda mais um no outro.
E eu não quero que você me compense de alguma forma. Porque apesar de você sentir que me traiu e eu me sentir traída, nós dois sabemos que não foi isso o que aconteceu.
O que acontece é eu e você termos passado um tempo como um casal e não oficializar isso. E agora eu sinto sua falta como nunca senti antes e não sei se você sente isso. Não sei se de vez em quando você se desespera pensando nisso tudo que aconteceu.
Só que você ainda é meu amigo antes de qualquer coisa e acima de tudo e por esse simples fato eu já de perdoei por qualquer coisa que você venha a fazer, você sabe disso. Por mais que eu fique magoada.


"Não podia nem acreditar mas estiquei o braço e peguei uma porção de pipoca. Daí voltei a assistir ao filme. Estava quase chorando de novo. Não tinha certeza do que sentia, mas fiquei contente de ter Steve a meu lado. Com ele ali, a dor de perder um amigo era amenizada. Pelo  menos durante a próxima hora e meia, aproximadamente, nós estaríamos juntos" (trecho do livro Mais que um Amigo, de Elizabeth Winfrey)

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