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sábado, 30 de abril de 2011

A parte da minha vida que ainda está entre parênteses

Sabe, acho que quando a gente admite (admite o quê?) as coisas ficam mais fáceis de levar.
Eu por exemplo. Escolhi este momento ímpar para admitir que estou apaixonada. Espero que agora fique mais fácil viver. Mas tenho que admitir outra coisa: estou ouvindo Richard Marx neste momento (ímpar, porque eu nunca ouço Richard Marx), e imagino que tenha sido essa música totalmente romântica que me fez confessar (nem é admitir mais, viu só?) que estou apaixonada...
Aliás, é possível escolher por quem a gente se apaixona? Ah, porque se for possível eu vou escolher alguém mais decidido, alguém com quem a minha felicidade (e a dele também, conseqüentemente) esteja mais perto, mais fácil, mais rápido de acontecer.
Mas quando eu penso como é bom estar apaixonada por você eu desisto da ideia (que nem pode acontecer) de me apaixonar por outro. Você é super carinhoso, mesmo (supostamente) não sentindo algo por mim (algo que ultrapasse a nossa barreira da amizade). Você é atencioso, sabe se distanciar dos outros e enxergar apenas a mim quando eu estou disputando a sua atenção com eles. Você responde meus olhares, aqueles das horas mais estranhas, depois de um filme romântico. Você senta ao meu lado na hora de assistir os filmes semanais.
Você brinca com o fato de eu querer fazer letras e tenta me convencer a voltar para a psicologia. Você pisca pra mim todos os dias com seus olhos que são pequenos pedaços do céu e faz pedidos tão banais, que saindo da sua boca se tornam em desejos de vida ou morte, desejos que eu não consigo deixar de sanar.
Será que se eu fizesse alguns pedidos a você, você os responderia? Mesmo eu tendo olhos castanhos, mesmo eu não sendo tão inteligente como você, mesmo eu estando em um mundo totalmente diferente do seu?
Será que se eu te contar que eu sou a única rosa do mundo você vai acreditar, mesmo sabendo que não é verdade?

Acho que eu não devia compará-lo ao pequeno príncipe, muito menos me comparar à rosa, sua melhor amiga, já que eu jamais seria capaz de mentir pra você.
E você, embora pareça o mais belo príncipe de contos de fada é mais acessível ao meu mundinho como o simples garoto que és.
Será que um dia isso tudo vai valer apena? Ou será que vai passar tão rápido quanto chegou?
Será que algum dia eu vou sair do "Será"?



Na verdade acho que tenho que aprender a parar de pensar em você.

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