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sábado, 17 de setembro de 2011

Faça-me levantar e acreditar...

Eu continuo imaginando. Mas agora parece real, como aqueles pesadelos em que parece que tudo é verdade, mas você não consegue acordar. Só que é bom, embora eu não saiba como agir (porque eu sei que não é real).
Eu sei que não é realidade o motivo que eu imaginei pra você ter segurado minha mão enquanto descíamos as escadas a caminho do térreo. Não é realidade o motivo que eu imaginei pra você olhar dentro dos meus olhos enquanto cantava “Como eu quero” do Kid Abelha. Eu sei que nada significava o olhar que a sua amiga lançou a você, quando você me prometeu que ia trazer novamente o violão na segunda-feira pra gente tocar e cantar... Mas você disse de um modo que parecia um pedido de desculpas por ter voltado pra casa sentado ao lado dela e não ter me dado nem ao menos um oi.
Eu realmente sei que não é real a minha imaginação. Porque se fosse real, não se chamaria imaginação. Mas imagino (também) que a vontade de encontrar o amor seja tanta que a imaginação teve que intervir. Porque ela sabe muito bem que eu já desisti de encontrá-lo. Eu sentei e comecei a esperar a pessoa que irá me tirar do tédio. Mas essa pessoa ainda não chegou. Apareceram alguns sapos fingindo-se príncipes e eu acreditei neles, mesmo sabendo que príncipes não existem. Mas agora, imaginando que talvez ele possa me fazer levantar novamente, a esperança reacende e eu ainda tento me lembrar que é imaginação.
Porque eu ainda estou sentada esperando...

Sitting, Waiting, Wishing (Jack Johnson)


Well, I was sittin', waitin', wishin'
You believed in superstitions
Then maybe you'd see the signs
(...)
I can't always be waitin', waitin' on you
I can't always be playin', playin' your fool

Eu estava sentado, esperando, desejando
Que você acreditasse em superstições
Então, você veria os sinais
(...)
Não posso ficar sempre esperando, esperando por você
Não posso ficar sempre bancando, bancando o bobo por você
(Sitting, Waiting, Wishing)

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