Eu já tinha acostumado com a ideia de que eu não te veria nesse fim de semana. Fiquei um pouco decepcionada já que a gente tinha combinado que se veria, mas isso passou tão rápido!, até porque eu, pra variar, enfiei um monte de ideia na cabeça, dizendo que cara, você precisava descansar, né? As duas provas do Enem, você precisava ir bem, pra ela - claro, e pensando que ficaria um clima estranho se a gente se visse.
Mas não sei, ainda assim, satisfeita com esses pensamentos, eu tinha que me distrair, li muito, e fiz aqueles projetos pessoais que eu estava enrolando - o caderno de tirinhas, a limpeza na estante, a contabilidade dos livros. E quando eu vi, estava respondendo uma mensagem sua, dizendo que sim, queria tomar milkshake com você.
Quando eu vi você de longe, me perguntei o que é que eu estava fazendo. Pra começar era o aniversário do outro lá e eu não queria pensar nele. E agora isso.
Foi estranho pra mim, eu ficava imaginando o que você devia ter pensado daquela nossa conversa em que eu praticamente me joguei aos seus pés e você lá, feliz, indo pedir o milkshake, dizendo que queria dar uma volta pela cidade.
Me senti a vontade quando a gente sentou e os assuntos vieram, um atrás do outro, trazendo as risadas e vozes altas junto.
E eu vi a sua pinta, aquela pequenininha, que eu adoro, embaixo da orelha esquerda, sabe? E eu me senti triste por nossa relação ser tão boa assim. As vezes eu só queria poder ter a capacidade de ficar brava de verdade com você, a ponto de largar essa nossa amizade pra lá e continuar vivendo sem maiores dores.
Mas a sua pintinha continuava lá e suas risadas também. E por Deus, como senti falta da sua risada! Percebi que vai ser sempre assim, então. De surpresa, de supetão, rápido e dolorido. Até eu aprender que esse é o nosso normal e que eu devia me acostumar.
Mas não sei, ainda assim, satisfeita com esses pensamentos, eu tinha que me distrair, li muito, e fiz aqueles projetos pessoais que eu estava enrolando - o caderno de tirinhas, a limpeza na estante, a contabilidade dos livros. E quando eu vi, estava respondendo uma mensagem sua, dizendo que sim, queria tomar milkshake com você.
Quando eu vi você de longe, me perguntei o que é que eu estava fazendo. Pra começar era o aniversário do outro lá e eu não queria pensar nele. E agora isso.
Foi estranho pra mim, eu ficava imaginando o que você devia ter pensado daquela nossa conversa em que eu praticamente me joguei aos seus pés e você lá, feliz, indo pedir o milkshake, dizendo que queria dar uma volta pela cidade.
Me senti a vontade quando a gente sentou e os assuntos vieram, um atrás do outro, trazendo as risadas e vozes altas junto.
E eu vi a sua pinta, aquela pequenininha, que eu adoro, embaixo da orelha esquerda, sabe? E eu me senti triste por nossa relação ser tão boa assim. As vezes eu só queria poder ter a capacidade de ficar brava de verdade com você, a ponto de largar essa nossa amizade pra lá e continuar vivendo sem maiores dores.
Mas a sua pintinha continuava lá e suas risadas também. E por Deus, como senti falta da sua risada! Percebi que vai ser sempre assim, então. De surpresa, de supetão, rápido e dolorido. Até eu aprender que esse é o nosso normal e que eu devia me acostumar.
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