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quinta-feira, 12 de julho de 2012

E eu fico com medo de acreditar

O livro estava dentro da minha bolsa, no cantinho dele, sem fazer mal a ninguém, esperando uma leitura minha que não chegaria nunca. Na verdade eu trouxe ele na viagem porque eu simplesmente gosto de tê-lo por perto, faz com que eu fique consciente de que a minha casa existe, com uma estante linda, com os meus livros que eu tanto adoro.
E ela, minha tia, abriu minha bolsa: "vamos ver o que a Naná tem na bolsa... tem alguma carta de namorado?"
Mexeu, mexeu e achou o livro. Reticências.
"Que livro é esse, Naná?"
E lá vou eu explicar o livro, o motivo dele existir e o que ele significa pra mim.
"Ah, então tem textos seus aqui?" E começou a procurar. E encontrou. E leu. E os elogios existiram no primeiro texto. No segundo ela só disse: "Nossa, Naná!"; E no terceiro ela simplesmente olhou pra mim e disse que eu escrevia bem.
Não vou negar que eu gostei do elogio. Gostei mesmo. Mas só isso.
E então, conversando com o Luiz, após ele dizer que terminou outro trabaho que eu simplesmente não sei como ele faz, eu contei:
"Minha tia leu meus textos e gostou!"
E ele respondeu: "Nunca li um texto se, mas você deve escrever super bem!"
E eu rebati, dizendo que o elogio dele era baseado em nada. E ele:
"Como em nada? A Vanessa sempre te elogiava e pra ela elogiar alguém é por que a pessoa merece e muito!"
Então, passei a noite conversando com ele e pensando no que ele me disse. E não cheguei a conclusão alguma. Apenas que talvez eu esteja no ramo certo. Só talvez.

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