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domingo, 20 de março de 2011

Fuga

Caminhando sozinha
Sem lugar certo pra chegar
Sendo minha própria vizinha
É tão fácil sonhar!

Tão fácil inventar a vida
Fácil ver você ao meu lado
Fácil seria essa saída
Se não fosse um sonho roubado

Roubado da minha própria cabeça
Furtado da minha própria consciência
Roubado esse sonho impossível
Roubado esse desejo irreversível

Irreversível desejo irreverente
Faz do sol meu caminho
E do mar minha mente
Retira da rosa o espinho
Para colocá-lo na minha frente

Frente minha, futuro meu
Não existe mais, há muito se perdeu
Perdido na brilhante estrada
Daquela estranha diáspora

Fuga inconseqüente
Pro interior da existência
Onde chove paciência
Sem me encher a cabeça

Cabeça estranha e vazia
Cansada de fugir
Do que me tira a alegria
De pensar tanto em ti

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