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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

As nuvens ainda não se foram

Sei que estamos apenas em fevereiro e que o que eu vou escrever agora vai soar muito com o que uma adolescente idiotinha diria, mas é como eu me sinto e não posso deixar de dividir: esse é o ano mais feliz da minha vida!!!
Gostaria de contar isso à um amigo e uma amiga em especial, mas eles não estão on no msn nesse momento.
Mas ela pelo menos eu sei que vai ler. Agora, ele, com certeza vai estar viajando e nem vai ficar sabendo do episódio que eu vou contar aqui... Embora ele seja a pessoa para quem eu mais gostaria de contar o que aconteceu.
Pois bem, vamos aos fatos.
Ano passado, com toda essa história de vestibular, eu tive muitos boletos bancários e confirmações de incrição para imprimir. Como a minha impressora está com sérios problemas desde o ano de 2010 (Décadas não acabou só comigo...), eu ia pelo menos uma vez por semana na Lan House perto de casa para imprimi-los. E acredite: não é exagero.
E lá conheci um cara. Acho que eu não preciso dizer que ele foi a personificação de várias possibilidades da minha vida (ele já até apareceu aqui no blog!).
Mas então:
  • Ele tem a mesma idade que eu, embora pareça mais velho, enquanto eu aparento ter quatro anos a menos.
  • Ele não aparenta estudar, embora se eu for procurá-lo no meio do dia no meio da semana (soou estranho, né?), eu não o encontro
  • Ele trabalha na Lan, possui o próprio dinheiro, direitos e deveres, o que eu gostaria de possuir também....
  • Ele não demonstra interesse em fazer uma faculdade. Pelo menos por enquanto (eis o lado ruim dele)
Como você talvez tenha reparado, ele tem a garra e coragem de fazer coisas que eu gostaria e que eu não gostaria de fazer. O garoto é um lado de mim que eu simplesmente reprimi.
E eu, indo e voltando, no meu direito de ir e vir, via ele me examinar de alto a baixo e sorrir sempre que eu entrava na lan house. Sempre me cumprimentava com um sorriso incrível e dizia olá. Até que um dia ele passou pra um "oi, gata!".
Bom, eu esperei que ele tomasse uma atitude, ainda que fosse uma atitude que ele toma com todas as outras, mas ele nunca tomava. E esperando eu estava, esperando fiquei, tanto que nem reparei que ele acompanhava minha vida, pelos poucos momentos que estávamos juntos.
Então vieram os vestibulares, as provas, o estresse e dois meses se passaram sem eu ter ido uma vez sequer na lan house.
Até semana passada.
Fui imprimir o mapa das linhas de metrô de São Paulo (que aliás, eu demorei a beça para entender). Respirei fundo antes de entrar, com o pensamento de já me despedir dele, não o veria por um bom tempo. Talvez nunca mais.
Sei que está melodramático demais. Mas não posso evitar! Tente entender!
Respirei fundo e me decepcionei. Não era ele que estava atrás do balcão. Fiz o que tinha de fazer e fui embora.
Quando estava na USP, em São Paulo, fiquei sabendo que teria que scaniar alguns documentos e enviá-los por e-mail. Como já foi dito, minha impressora e scaner não estão mais em condições de trabalhar. Então lá vou eu para a lan house novamente. Não esperei, não imaginei, não fantasiei nada. Apenas entrei. E ele estava lá.
Sorriu um sorriso aberto e disse um "oi, amor!" tão bonitinho!, e já foi perguntando pra qual faculdade eu ia. Quando eu disse USP, ele não acreditou. Ficou olhando pra mim até que eu o convenci.
Enquanto os documentos eram scaniados, ele mechia (ai, meu Deus, é assim que se escreve? eu nunca sei! que ironia eu fazer letras!) no facebook e sempre voltava pra página de perfil dele. E de vez em quando parava e ficava olhando pra mim, e só parava quando eu o olhava e lhe dava um sorrisinho.
Num dado momento, ele ampliou uma imagem que dizia: "amor é como elático. se um solta, os dois se machucam" e olhou pra mim e disse: "e é verdade..."
Ficamos num flerte sem fim, até que quando todos os documentos acabaram, ele olhou pra mim e pediu que eu o adicionasse no facebook.
Voltei para casa pisando em nuvens. Sei que é idiota e é o tipo de coisa que eu evito. Mas aconteceu sem o meu consentimento e eu gostei. Porque pela primeira vez na minha vida eu me dei ao luxo de ser uma adolescente normal e flertei com alguém, sem a esperança de um compromisso. Mas com o pensamento sempre presente que se um compromisso viesse, até que seria uma boa, não?
E agora eu termino me explicando: até agora, esse é o ano mais feliz da minha vida. Eu passei na universidade que eu queria, no curso que eu queria, eu amadureci visivelmente, recebi atenção de um rapaz que eu queria que reparasse em mim.
E embora tudo isso não tenha vindo de mão beijada, sinto como se fosse. Porque todo o sofrimento lá de trás não aparece agora. Não consigo me lembrar dele. E agora entendo o que os adultos da escola queriam dizer com sacrificar um ano da minha vida para algo maior. Porque foi o que aconteceu.

*-*

Assim que cliquei em Publicar Postagem, ele me mandou uma mensagem me chamando para ir ao cinema...
Se minha vida já era americanizada, imagina agora!

3 comentários:

  1. eu tenho q comentar:
    QUI LINDOOOO *-----*
    ahhh vou ficar esperando outro post sobre "depois do cinema"!

    PARABENS!!! vamos pra sao paulo!! :)
    se precisar d ajuda com o metro, eu ja to craque em andar d metro :)

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    1. Ah, Jenniii! q saudade de vc!
      Acredite, eu tbm tô esperando por "depois do cinema". Mas estou tentando me enganar pensando em outras coisas.
      Mas então... eu nunca tinha pego metrô lotado. antes disso eu tbm achava q sabia andar de metrô... agora já não tenho certeza... triste...

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    2. haha eu ja peguei metro lotado! eh o caos! uma vez eu quae q nao consegui descer na estaçao certa! e o pior eh ser arrastada pelas pessoas! eh horrivel o comportamento das pessoas,
      sao mal-educadas e irracionais sem motivo!

      mas entao.. estou torcendo pra q dê tudo certo, msm sem saber oq seria o certo ^^

      beijuju

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