Páginas

sábado, 8 de março de 2014

Quanto custa o desapego?

E eu percebi que eu não me sinto mais tão a vontade com esse blog.
Calma.
Eu adoro isso aqui, sempre gostei de escrever aqui e parece que nunca vai mudar.
É só que o jeito dele, tudo o que estava inserido nas laterais e embaixo, aquilo tudo não era mais eu. Era a dor e felicidade de uma garota que foi embora faz muito tempo. Até mesmo esse fundo não é mais convidativo e aconchegante pra mim e eu sinceramente, do fundo do coração acho que quando nem o dono da casa se sente confortável nela, os visitantes também não se sentirão (não que esse blog tenha visitantes, mas ok).
Eu só quero me sentir bem. Olhar pra ele e pensar que essa sou eu estampada nele.
Retirei a maior parte das imagens e links das laterais, resolvi começar do zero. Logo mais isso aqui vai ser a Natália com 20 anos, a Natália sem mais dedos pra contar. Não aquela lá de 16 que sofreu horrores porque o primeiro namoradinho deu um pé na bunda dela. E espero que também não seja mais aquela que complica tudo. É, essa última vai demorar um pouco de sair.
Mas que seja. As coisas estão mudando e em todos os lados.
Só que tem aquelas duas fotos que aparecem quando a gente rola o mouse até o final da página. Eu não reconheço mais aquelas pessoas, algumas eu não falo há anos, não de verdade, eu não reconheço nem eu mesma. Eu sei quem eu era naquela época mas eu não entendo aquela garota. E não consigo tirar aquelas fotos de lá. Elas parecem mostrar duas alegrias de épocas diferentes e sentimentais de formas diferentes. Marcantes de alguma forma. Mas isso não deveria fazer com que eu não tivesse coragem de tirá-las de lá.
Eu pensava que me desapegar dos meus brinquedos, cadernos e bibelôs da infância era difícil mas tem sido bem mais largar pra lá certas coisas que simplesmente desapareceram.
A gente nunca sabe se a culpa é nossa, se alguém tem culpa ou se iria acontecer de qualquer jeito. A gente só sabe que qualquer uma das possibilidades dói bastante.
E as duas fotos vão ficar aí, como uma cicatriz que a gente carrega no corpo, até que sei lá, alguma cirurgia plástica as esconda. Vai ser artificial, mas vai ser melhor do que ser escondida por alguma dor maior.

Aliás, só pra lembrar mais tarde, no momento, o blog está assim:



Nenhum comentário:

Postar um comentário